O desmatamento em Buriticupu começa em 1973, com a implantação da Companhia Maranhense de Colonização (COMARCO), que foi a primeira a implantar uma madeireira a mesma pretendia povoar a região para garantir mão-de-obra barata para os grandes latifundiários que foram instalados na região e que havia recebido do governo estadual enormes propriedades cortadas por rios e córregos, enquanto os colonos receberam suas glebas de terras nas áreas mais secas e improdutivas, já os fazendeiros fizeram grandes desmatamentos para a formação de pastagens para a criação de gado, sem nenhum tipo de cuidado com as margens dos rios e nascentes.
Na década de 1980, a extração de madeira foi intensificada na região, até então explorada por poucos madeireiros que trabalhavam com simples estruturas para pequenas serrarias recém-implantadas.
Como corria rapidamente a noticia de que na região existia uma grande quantidade de madeira e de fácil exploração, em pouco tempo chegou um grande numero de madeireiros, entre eles o atual presidente da câmara municipal (José Mansueto de Oliveira) e o atual prefeito de Buriticupu (Antonio Marcos de Oliveira, o Primo). É inegável que este seguimento industrial tenha ao longo dos tempos proporcionado o desenvolvimento em Buriticupu, com a geração de emprego e renda. No entanto muitos profissionais do setor madeireiro trabalharam de forma ilegal, agindo indiscriminadamente no desmatamento local.
Os donos de madeireiras, a partir dos anos 1990, começaram também a trabalhar com carvoarias, juntamente com alguns empresários do ramo;passando a explorar as poucas arvores existentes que haviam deixado por serem economicamente inviáveis para os fins específicos daquele setor. Estas árvores passavam a servir para a fabricação de carvão vegetal, que depois era vendido para as siderúrgicas , dentre as quais a COSIMA, a CIMASA e a VIENA.
Muitas carvoarias não são fixas, pois mudam com seus fornos de barro a medida que a madeira vai escasseando. Estima-se que, para cada metro cúbico de carvão, são necessários dois metros cúbicos de madeira. O carvão vegetal faz parte da cadeia produtiva das guseiras (Industria que produz o ferro-gusa) , matéria-prima do aço.
Atualmente há várias espécies de madeira já ameaçada de extinção, o cedro, o jatobá, a sapucaia, o angico, a tatajuba, a copaíba, o ipê, maracatiara e a faveira.
Com o aumento da fiscalização pelo IBAMA muitos madeireiros foram embora para o estado do Pará e outros foram para o município maranhense Centro do Guilherme. Um pequeno grupo procurou legalizar-se e conseguiram licença para serrar algumas espécies de madeira, mas, nem sempre é respeitado as determinações impostas pelos órgãos competentes. Com isso continuam serrando espécies ameaçadas e retirando madeira da reserva indígena Arariboia e da reserva do Gurupi.
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